segunda-feira, janeiro 17, 2005

Para quem continua a pensar nela...

Na tarefa de redacção de uma tese são necessárias competências de carácter multidisciplinar que obrigam à consulta de uma grande diversidade de fontes. Em traços gerais, quem escreve uma tese depara com três necessidades principais:
- organizar adequadamente o documento;
- respeitar as normas de escrita em vigor;
- tirar o devido proveito do processador de texto.
Numa única obra, os autores respondem a estas necessidades desenvolvendo os seguintes temas e tópicos:
- estrutura e organização de uma tese;
- estilo de escrita de uma tese;
- dúvidas sobre a Língua Portuguesa;
- normas para efectuar citações e referências bibliográficas (norma portuguesa NP 405 e norma da APA);
- utilização do processador de texto Word para, de forma automática:
- gerar índices;
- gerir e ordenar a bibliografia;
- numerar figuras e tabelas;
- gerir referências cruzadas;
- detectar e corrigir os principais tipos de erros de escrita.
São propostas soluções e esquemas gráficos de impressão e de encadernação:
- conselhos sobre ergonomia de leitura: o tipo e tamanho de letra do texto, o comprimento das linhas, o espaçamento entre linhas;
definição da mancha de trabalho: dimensão das margens, formato dos cabeçalhos e rodapés;
- uniformidade de critérios de estilo gráfico, aplicação a títulos, índices, legendas e notas;
- modelos de capas para teses e recomendações sobre a respectiva encadernação.
Os autores disponibilizam, na Internet, ferramentas de apoio à redacção de teses:
- para formatar referências bibliográficas;
- para criar tabelas de frequências das palavras utilizadas no texto da tese;
- para salvaguardar os textos das teses, como medida de segurança.
O livro deve ser consultado como uma ferramenta auxiliar (não obriga a uma leitura integral ou sequencial).

Para quem já pensa nela...

Na presente obra, dirigida a todos os estudan­tes "em situação difícil, consequência de dis­criminações remotas ou recentes», Umberto Eco expõe o que se entende por tese, como escolher o tema e organizar o tempo de traba­lho, como conduzir uma investigação bibliográ­fica, como organizar o material seleccionado e, finalmente, como dispor a redacção do tra­balho. E sugere que se aproveite "a ocasião da tese para recuperar o sentido positivo e progressivo do estudo, entendido como aqui­sição de uma capacidade para identificar os problemas, encará-los com método e expô-los segundo certas técnicas de comunicação».

Easy Education - Plataforma de e-learning da UM

A plataforma de e-Learning da Universidade do Minho entrou esta semana em fase experimental. O objectivo desta fase é, através da utilização da plataforma por parte de alguns docentes e respectivos alunos, obter feedback sobre as funcionalidades disponíveis no Learning Management System. Os docentes participantes desta iniciativa começaram a participar em sessões de formação tendo em vista a utilização da plataforma.
Na aula do dia 14 tivemos uma sessão de apresentação da plataforma Easy Education, a qual nos permitiu conhecer algumas funcionalidades da mesma. Em termos de interface, penso que esta é mais agradável do que a plataforma LearningSpace. O acesso processa-se do mesmo modo: é fornecido ao aluno um nome para o 'login' e uma senha de acesso. Durante a sessão experimentamos algumas opções nomeadamente o 'Chat', momentos que são sempre encarados com grande entusiasmo pelos participantes visto que possibilitam uma grande descontracção no que diz respeito à comunicação... (As coisas que lá se dizem...)
Já acedi à plataforma em questão através do meu computador pessoal e não tive qualquer problema no acesso, o que me deixou bastante satisfeita, já que na plataforma LearningSpace tenho sempre o problema do Java...
Apesar da Easy Education ainda estar em fase experimental, espero que ela venha para ficar e que se assuma como uma forte aposta para o ensino a distância.

Learn by doing e peer cooching

"Se há actualmente uma buzzword no que se refere à formação, ela é, sem dúvida, learn by doing, conceito que se prende com inúmeros estudos realizados sobre a eficácia dos níveis de retenção. Considerando que retemos, em média, 5% do que ouvimos, 10% do que lemos, 30% do que vemos, 50% do que debatemos/discutimos em grupo, 75% do que executamos e 90% do que ensinamos aos outros (NetLearning 102), não é de estranhar que neste campo tão recente da Internet se dê hoje cada vez mais ênfase às estratégias de formação, que, por sua vez, implicam uma maior atenção às abordagens a privilegiar, concretamente, a aplicação prática ou hands-on experience.
Por outro lado, estudos e inquéritos têm permitido concluir que, sobre­tudo no que respeita aos professores, eles estão ávidos de formação, mas de uma formação dada por colegas (peer coaching) versados nas matérias, não por especialistas totalmente desligados do ensino. Porquê? Porque ambos são profissionais do mesmo ramo, interessados no mesmo processo, conhecedo­res 'por dentro' dos problemas que afligem a escola e os alunos. E porque ambos falam a mesma linguagem, de que resulta uma entreajuda muito mais produtiva e resultados finais bem mais positivos.
Embora não possua dados concretos no que diz respeito a alunos, por isso mesmo baseando-me unicamente na minha experiência profissional, creio não estar muito longe da verdade se disser que sensivelmente o mesmo se pode apli­car aos estudantes. Não é verdade que a nossa experiência de professores nos mostra que um aluno entende muito melhor uma explicação dada por um colega do que pelo professor? Estou em crer que em matéria de formação infor­mática seria talvez desejável e preferível ter alunos a formar outros alunos, possi­velmente com um professor por perto pronto a prestar qualquer auxílio pontual.
Se aceitarmos que ". . . the deepest learning happens when one attempts to teach newly learned skills to another" (Serim e Koch 103), parece­-me importante agarrar esta ideia 'com unhas e dentes' como forma de ir em 'busca da excelência' de que tanto se volta a falar e que defendo a cem por cento; e como forma de agarrar conhecimentos e recursos humanos impres­cindíveis que poderão produzir uma nova geração de 'master teachers/trainers' tão necessária num futuro talvez mais próximo do que pos­samos pensar. Futuro esse que passa pelos "trabalhadores do saber" (expressão usada pelo Prof. António Dias de Figueiredo), ou knowledge workers, pessoas versadas nas telecomunicações, bem informadas, conhecedoras e com capa­cidade de avaliar a informação disponível de uma forma crítica. "
D'EÇA, Teresa Almeida. "Net Aprendizagem. A Internet na Educação". págs. 107-108. Porto Editora:1998

domingo, janeiro 16, 2005

Sugestão de leitura

A obra que se apresenta parte de uma revisão de literatura e de uma reflexão sobre a educação a distância: conceitos, teorias e tec­nologias de suporte; para a partir daí estudar a viabilidade da imple­mentação de iniciativas de formação contínua de professores, em moda­lidade de formação a distância suportada por serviços disponíveis atra­vés da Internet.
Adoptando uma metodologia de estudo de caso, este estudo analisa o "caso" do Curso EASIC - Ensinar e Aprender na Sociedade da Informação e Comunicação, uma iniciativa de formação contínua de professores englobando uma componente presencial e uma outra com­ponente a distância, recorrendo à Internet. O curso é apresentado nas suas múltiplas vertentes: enquadramento institucional, área temática, estrutura da componente a distância e da componente presencial, prin­cípios pedagógicos subjacentes; quer em termos de concepção, quer em termos de implementação do mesmo.
Parte-se de uma diversidade de fontes de recolha de informa­ção de documentos de natureza diversas, entrevistas, notas de campo, registos automáticos de dados, documentos electrónicos, auscultação de opiniões e entrevistas aos participantes para, cruzando a infor­mação proveniente de diferentes fontes e recolhida com diferentes ins­trumentos, se descrever e discutir o caso do curso EASIC. As evidênci­as resultantes deste estudo de caso apontam aspectos diferenciados em relação a potenciais formandos receptivos a este tipo de formação, dão indicações sobre múltiplas vertentes relacionadas com as condiçõ­es de utilização da Internet e de acesso ao website do curso EASIC e sugerem alguns aspectos a levar em linha de conta no desenho de outros cursos de formação em modalidade de e-Iearning.
Partindo deste estudo, realizam-se algumas extrapolações rele­vantes no domínio da formação contínua via Internet, tendo por base um modelo pedagógico baseado na comunicação, interacção e colabo­ração entre todos os participantes. Outros contextos de aplicação deste modelo de formação a distância em modalidade de e-Iearning são suge­ridos como domínios de investigação e prática futuras.
GOMES, Maria João da Silva Ferreira. "Educação a Distância. Um Estudo de Caso sobre Formação Contínua de Professores via Internet". Universidade do Minho. Braga: 2004

E-learning para E-formadores

“A obra E-Learning para E-Formadores reúne um conjunto de abordagens a aspectos diferenciados no domínio do e-Iearning. Trata-se de uma obra que procura realçar as múltiplas dimensões que devem ser consideradas quando nos propomos conceber, desenhar, implementar, dinamizar e avaliar iniciativas de formação em modalidade de e-Iearning. Com este livro pretende-se promover uma reflexão aprofundada no domínio da formação de e-formadores e do e-Iearning, esperando que venha a constituir um texto de referência neste domínio.

A crescente procura de iniciativas de formação em regime de e-Iearning, é um fenómeno cujas razões poderiam ser objecto de exaustiva análise, mas em relação às quais aqui apenas identificamos algumas das que nos parecem mais relevantes:[1] as mudanças económicas e sociais que acentuam cada vez mais a necessidade de disponibilizar oportunidades de formação ao longo da vida; [2] as mudanças demográficas que afectam já, e num futuro muito próximo se acentuarão, a estrutura etária da população, com implicações imensas no mercado de trabalho e simultaneamente no domínio das necessidades de formação e no perfil e características da população-alvo ou dos "clientes" dos sistemas de formação; [3] as potencialidades acrescidas de comunicação a distância, de forma [relativamente] económica, rápida e com forte potencial no domínio do multimédia, decorrentes da rápida e contínua evolução tecnológica; são alguns dos factores que trouxeram o domínio do e-Iearning para a "agenda" das instituições de educação e formação. Esta crescente procura [e oferta] de iniciativas no campo do e-Iearning tem sido acompanhada pela crescente necessidade de formadores com competências para desempenhar actividades neste domínio. No entanto, a escassez de e-formadores especializados, faz com que a necessária regulação do mercado do e-Iearning, ou seja a regulação entre a oferta e a procura continue a não se estabelecer.”

"E-learning para E-formadores", TecMinho, 2004

Cadernos E-learning

"O aparecimento da internet, e da world wide web, mudou noções de distância e revolucionou a forma como vivemos. Essa revolução, aliada a outras, como a da globalização, fez com cidadania participada fosse um direito reclamado por todos. A prova disso é que mesmo no final do séc. XX, assistimos a todo o tipo de manifestações convocadas por e-mail e sms, onde simples mensagens electrónicas conseguiram motivar e movimentar multidões, tanto na Europa, Estados Unidos da América, Japão como noutros pontos do globo.

Ainda que algumas dessas manifestações fossem de ordem política, o que é certo é que muitas delas foram planeadas a distância por comunidades electrónicas locais, nacionais ou internacionais. O que significa que as tecnologias são, sem dúvida, unificadoras e democráticas, úteis em questões políticas e sociais, mas também noutras, como as das relações interpessoais.

Não será por acaso que em qualquer de uma das nossas cidades, se encontrem com facilidade espaços virtuais de lazer, sejam eles salas de jogos on-line ou ciber-cafés, onde quem lá está comunica por via electrónica com desconhecidos e amigos, mas também com governos e instituições. À volta de cada um dos computadores, vivem-se e criam -se ambientes onde os utilizadores simulam identidades fictícias e interagem umas com as outros, a conversar durante um jogo em tempo real ou em chat, discutindo vários assuntos e simulando acções.

Esses utilizadores estão ligados a realidades virtuais que são construídas com a ajuda de tecnologias e uma boa dose de imaginação, onde existem novos conceitos sociais e formas de linguagem, onde também se adquirem e se partilham novos conhecimentos, estado cada um desses utilizadores aqui e lá ao mesmo tempo.
Quando reflectimos sobre e-Iearning encontramos tecnologias que nos levam ao encontro de comunidades, comunidades que se interessam e estão reunidas à volta de um objectivo comum, o da aprendizagem. O e-Iearning é uma forma de educação e formação baseada num conjunto de ferramentas de aprendizagem electrónica, um processo que permite aproximar pessoas com diversas experiências ou não, tendo como objectivo a troca e apreensão de novos conhecimentos, sendo essa aprendizagem comum normalmente mediada por uma instituição educativa."

Cadernos E-learning, n.º1, Janeiro de 2004


quarta-feira, janeiro 12, 2005

Para reflectir...outra vez

“It is not the computer per se that makes a difference, for it only offers affordances and opportunities; it is the pedagogical way in which it is used that makes the difference.” Salomon, 2002

Algumas definições

Audioconferência
Sistema utilizado para uma situação de formação on-line durante a qual o formando está em contacto simultâneo (tempo real) com o seu tutor e/ou com os membros da sua classe virtual e pode interagir com eles através de chat, partilha de aplicações ou quadro branco partilhado. Recria, por excelência, a sala de aulas virtual. Devidamente equipados com auscultadores e microfones, tutor e formandos trabalham em conjunto, ouvindo-se mutuamente. Todos visualizam os slides apresentados on-line e comentados pelo tutor, discutem as matérias on-line, em plenário ou em pequenos grupos, manipulam aplicações, respondem a questionários e realizam os exercícios propostos. Estas lições podem ser gravadas, permitindo o acesso dos formandos às gravações das lições anteriores.
Auto-formação
A auto-formação consiste numa modalidade de aprendizagem individual que permite ao indivíduo formar-se ao seu próprio ritmo, utilizando recursos criados para o efeito. Esta auto-formação pode ser feita com o apoio de um tutor, desde que tal esteja previsto no sistema de aprendizagem.
Blended learning
Modalidade de formação que assenta no recurso ao e-learning e à formação presencial, que desempenham papéis complementares.
Chat
O chat (palavra inglesa que significa "conversar”) é um meio muito eficaz para comunicar por escrito, em tempo real, através da Internet, contrariamente ao que sucede com um forum, que é assíncrono. Pode ser público ou privado, isto é, permite “conversar” com todos os elementos que participam no chat, com apenas alguns deles ou ainda com uma única pessoa. No ecrã, à esquerda, vê desfilar as mensagens; à direita, encontra a lista dos nomes das pessoas que estão a participar no momento.
Classe virtual
A classe virtual designa um conjunto de indivíduos inscritos numa acção de formação a distância e que trabalham entre si, apesar de estarem geograficamente separados. As classes podem ser assíncronas ou síncronas. Neste último caso, utiliza-se soluções de “live collaboration” do tipo do Centra (plataforma de audioconferência).
e-learning
Formação electrónica ou formação em linha (anglicismo). Permite ao formando seguir uma acção de formação no seu computador ligado à Internet ou à intranet do organismo.
E-mail
O correio electrónico ou e-mail (contracção de “electronic mail”) é a função mais utilizada na Internet. Permite escrever e receber mensagens e ficheiros. Precisa utilizar um software específico (tipo Outlook, Outlook Express, etc.) que permite também classificar, organisar as suas mensagens e constituir uma lista de endereços. Esses softwares possuem todos as mesmas funcionalidades de base fáceis de apreender.
Formação assíncrona
Situação de formação a distância durante a qual o formando não tem contacto simultâneo (tempo real) com o seu tutor ou com os membros da sua classe virtual.
Formação a distância
Por formação a distância entende-se o conjunto dos dispositivos técnicos e dos modelos de organização que visam fornecer um ensinamento ou uma aprendizagem a indivíduos que estão fisicamente distantes do organismo que presta o serviço de formação.
Formação presencial
Formação numa sala de aulas com um formador.
Formação síncrona
Formação que utiliza soluções de “live collaboration” como plataformas de audioconferência, chat.
Fórum
O fórum (também conhecido por “grupo de discussão”, tal como o chat, permite aos internautas conversarem entre si. Cada fórum tem o seu tema específico ao qual o formando pode aceder (desde que se inscreva previamente). O fórum é um espaço de debate organizadao por áreas, partilhado por todos os formandos e onde podem ser colocadas questões para debate. Contrariamente ao chat que decorre em tempo real, o fórum permite ao formando ponderar a sua mensagem. O fórum é, pois, uma ferramenta mais estruturada que o chat.
Interacção
Designa as trocas entre o tutor e o formando e entre este e os outros elementos da aula virtual. A interacção num sistema de e-learning pode ser implementada de modo síncrono ou de modo assíncrono. O modo síncrono é aquilo que se pode considerar ao vivo. Num ambiente virtual, tutor e formandos “encontram-se” no ciber-espaço criando uma aula virtual, seja através de uma plataforma de áudio/vídeo-conferências, seja através do chat. Podem ainda trabalhar em equipa usando um quadro branco colectivo. No modo assíncrono, a interacção não é feita em tempo real. Os alunos podem esclarecer dúvidas, dialogar com o professor e os colegas através do e-mail e dos fóruns de discussão e partilhar ficheiros e notas. A interacção é privada ou pública, consoante o meio seleccionado.
Tutor
Designação que se dá ao formador que exerce a sua actividade no quadro de formações flexíveis e a distância. A tutoria a distância é um processo de acompanhamento da aprendizagem centrado na pessoa, nos problemas de aprendizagem e no processo motivacional.
Web based training
Formação através da internet ou e-learning.

Links de interesse

http://www.inofor.pt Sítio do instituto público vocacionado para o reforço da qualidade e eficácia do sistema de formação profissional.
http://www.umic.gov.pt/ Sítio da Unidade de Missão, Inovação e Conhecimento.
http://www.hplearningcenter.com/ Cursos on-line gratuitos, em diversas áreas, oferecidos pela Hewlett Packard.
http://www.obercom.pt/site/ O Observatório da Comunicação foi constituído com o objectivo estratégico de suprir a tradicional dificuldade na recolha e tratamento da informação específica no âmbito da comunicação.
http://www.apdsi.pt/ Sítio da Associação que tem por objecto a promoção e o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal.
http://www.cedefop.eu.int/inbrief.asp#1 Sítio do organismo europeu que ajuda os responsáveis políticos, os responsáveis da Comissão Europeia, os Estados-Membros e as organizações dos parceiros sociais de toda a Europa a fazerem opções avisadas sobre a política de formação profissional.
http://www.adlnet.org Sítio do SCORM (Sharable Content Object Reference Model), uma das normas para a criação de conteúdos educativos.
http://www.aicc.org Sítio do AICC (Aviation Industry CBT Comitee), as normas mais utilizadas no e-learning, a nível mundial.
http://www.ecdl.pt Sítio português da Carta de Condução Europeia em Informática. Saiba mais...

Características do e-learning


Tutoria activa - dinamiza a aprendizagem de cada formando e do grupo, promovendo a participação de todos e motivando-os para o percurso formativo;
Interacção - entre tutor e formando e entre os próprios formandos: ocorre através do chat, do e-mail, do forum e de audioconferência. O formando não está sozinho num espaço virtual: aprende em colaboração com os restantes colegas do grupo e com o tutor;
Percurso de aprendizagem individual ou em grupo - o formando trabalha autonomamente ou realiza tarefas com os outros colegas;
Duração das acções de formação - as acções de formação a distância têm uma duração variada que, geralmente, oscila entre uma e seis semanas no caso dos cursos de curta duração ou vários meses no caso de cursos aproximados do modelo de uma pós-graduação;
Conteúdos - disponíveis em vários formatos e disponibilizados, cada vez mais, através da Internet, propondo várias situações de interacção;
Calendarização das tarefas e actividades - constitui um factor de motivação adicional, ao criar balizas para o processo de aprendizagem, apesar do e-learning permitir uma gestão do tempo mais flexível;
Momentos de avaliação diversos - permitem ao formando verificar se está a cumprir os objectivos fixados e fornecem "feedback" ao tutor sobre a progressão de cada participante e a adequação da orientação pedagógica adoptada.

Destinatários do e-learning

Esta forma de aprender é especialmente adequada para quem:
tem pouca disponibilidade para horários fixos e/ou intensivos;
se encontra longe dos centros de formação;
pretende desenvolver as suas capacidades de trabalho na internet;
gosta de aprofundar os assuntos, com tempo e ao seu ritmo;
acredita que
aprender é um processo que se desenvolve ao longo da vida.

Mas o e-learning não se adapta a todos os perfis de
destinatários. Requer:
maior nível de motivação e maior autonomia de aprendizagem que a formação presencial;
alguma experiência de uso de computadores e de utilização da internet;
alguma apetência pelo uso de tecnologias.
Retirado de http://www.ina.pt/e-learning/destinatarios.htm

Mais-valias do e-learning


- Permite aprender a um ritmo próprio, aprofundar os conteúdos, associar a teoria a múltiplas actividades práticas; - Faz desaparecer custos e inconvenientes associados à deslocação ao centro de formação;
- Viabiliza a formação a quem não tem possibilidade de se ausentar do local de trabalho;
- Simplifica o acesso à formação para os cidadãos com necessidades especiais;
- Desenvolve novas competências e formas de trabalhar fundamentais para o e-Government;
- Favorece novos modelos de gestão da formação e dos recursos humanos;
- Contribui para articular a formação, por um lado, com a avaliação de desempenho dos funcionários e das organizações e, por outro, com a avaliação das necessidades de formação.

Retirado de http://www.ina.pt/e-learning/maisvalias.htm

O e-learning: uma nova forma de aprender

A formação e a premente actualização dos conhecimentos e competências dos nossos recursos humanos são, hoje, um elemento crucial para que consigamos um desempenho eficaz e eficiente.
A aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação levou à criação duma nova modalidade de aprendizagem a distância que serve este objectivo:
o e-learning.
Ao optar por participar numa acção em e-learning, o formando passa a ter tempo para aprender ao seu ritmo, com o apoio dum tutor, sem perder a possibilidade de interagir com os restantes participantes do seu curso.
Mais recentemente, o
blended-learning, ou b-learning, tem vindo a crescer em popularidade, como modalidade de formação que assenta no recurso ao e-learning e à formação presencial com papéis complementares.
Com a crescente diversidade da oferta de cursos de e-learning, e de meios de transmissão de conhecimentos a distância, aumenta a importância da normalização de conteúdos.

Retirado de http://www.ina.pt/e-learning/nformaaprender.htm


25 minutos sobre Aprendizagem Colaborativa (em inglês)

Apresentação on-line feita por Jay Cross na "Collaborative Learning 04 Conference".
50 slides bastante interessantes! Vão ver!

http://macromedia.marketing.pr.breezecentral.com/p27089656/

Para reflectir...

"Um computador ligado à internet em cada sala de aula é melhor do que nada, mas não é mais do que um mísero e pequeno passo em direcção à verdadeira mudança." (Papert, 1996, p. 216)

Retirado de www.aprendercom.net

terça-feira, janeiro 11, 2005

Actividade A - LearningSpace

Desafios do e-learning para os alunos/formandos

Penso que hoje em dia os alunos ainda não aderem tanto ao e-learning como seria de esperar. Primeiro porque desconhecem completamente a sua existência, isto é, muitos nunca ouviram sequer falar do termo. Além deste facto, junta-se o desconhecimento em relação a questões que têm a ver com a informática, nomeadamente com a utilização do computador. Depois da leitura do estudo de caso 1 ficamos com a sensação de que os alunos ainda se mostram renitentes quanto à utilização do correio electrónico e mais ainda do fórum, ferramentas indispensáveis numa situação de formação a distância. Não será de admirar que muitos alunos que chegam ao ensino superior nunca tiveram alguma espécie de contacto com o computador. Parece-nos impensável, a nós utilizadores frequentes do computador, que nos dias de hoje tal aconteça. O que é certo é que muitos alunos, por razões económicas e/ou outras nunca experimentaram a sensação de 'teclar'.Penso que não serão os alunos do secundário ou do superior que estarão mais motivados para receber este tipo de formação, até porque as disciplinas que têm na escola já 'dão muito que fazer'. No caso de existir uma situação de e-learning seria talvez mais por imposição do que por livre vontade. O perfil de potenciais alunos em situações de e-learning será talvez o daqueles que procuram responder a necessidades de 'formação ao longo da vida'. Além destes alunos, existirá talvez um outro grupo no qual incluímos pessoas que, por uma questão de gosto pessoal apostam na sua formação via Internet quando esta se assume como único meio para tirar determinado curso que, temporal e espacialmente é inacessível.No meu caso pessoal (e se calhar o de uma grande parte), já procurei formação deste tipo. Tenho vindo a constatar que na Internet há um leque variado de cursos, muitos do meu interesse, mas que nunca frequentei devido ao preço dos mesmos. Por isso, o factor económico é determinante nestas questões. A maioria dos cursos que conheço (ainda) são a um preço bastante alto!Recentemente inscrevi-me num curso de Psicologia porque sempre achei que me fazia falta formação nesta área para a minha actividade. Neste momento sou aluna do CEAC e confesso que a experiência não está a ser das melhores. Não se trata de formação numa situação de e-learning mas a componente 'a distância' está presente. Tanto num caso como no outro penso que o aluno deverá estar minimamente motivado para o curso, mas o acompanhamento sistemático por parte de um professor também é fundamental. No meu caso, não tenho tido qualquer espécie de acompanhamento, até porque ele só existirá quando solicitado. E mesmo depois de solicitado, o tempo de resposta é exageradamente comprido para questões que se pretendem esclarecidas na hora. Nunca percebi esta situação, atendendo ao facto de que o meio de comunicação mais utilizado é o correio electrónico, supostamente o mais rápido. Parece-me que a credibilidade destas instituições deverá ser um factor a ter em conta, caso contrário caímos no risco de estar a pagar a nossa (des)formação.

Potenciais público-alvo de iniciativas de e-learning

Em relação aos potenciais público-alvo de iniciativas de e-learning, penso que existirá maior receptividade por parte daqueles que, paralelamente a uma actividade profissional, pretendem adquirir outros conhecimentos em áreas que por vezes só estão acessíveis através deste género de formação. Sou da opinião que a grande maioria deste público já possui formação relevante num determinado domínio, e a formação contínua assume-se como uma alternativa para alargar conhecimentos. São essencialmente pessoas que apostam na sua auto-formação, e que têm disponibilidade em termos de tempo e de dinheiro, já que este tipo de formação ainda acarreta alguns custos. Além do preço do curso em si, temos de ter em conta a necessidade de se ter um computador e ligação à Internet que suporte a plataforma de ensino. Em relação à questão do tempo, esta modalidade de formação surge como uma mais valia dado o seu carácter flexível e conciliável com a profissão e outros aspectos. No campo da formação de professores, existirá mais receptividade por parte daqueles que possuam um domínio básico em tecnologias da informação, e que se sintam minimamente motivados para este tipo de formação, demonstrando autodisciplina e auto-organização. Em relação ao ensino básico / secundário, estamos perante faixas etárias que possivelmente nem saberão o significado do termo e-learning. Além disso, nestas idades os alunos ainda não terão a responsabilidade e a autodisciplina necessárias para se assumirem como formandos numa situação de ensino a distância. Penso que a única 'vantagem' que daí podiam tirar seria o facto de não terem o formador por perto! No entanto, quero acreditar que hoje em dia já há muitos jovens que se começam a interessar muito cedo por estas questões, e esses serão com certeza um futuro público-alvo.


Desafios do e-learning para os formadores/professores


Os professores aderem mais facilmente a situações de e-learning quando têm de gerir o tempo e o espaço disponíveis, e neste sentido o e-learning afigura-se como uma solução visto que permite conciliar uma série de factores. Há também aqueles que aderem mas que depois não avançam na sua formação visto que se vêem limitados ao nível do acesso à Internet e outras dificuldades sentidas ao nível de conhecimentos básicos em informática. Além destes factores, por vezes os professores têm dificuldade na gestão autónoma do seu tempo e não participam na componente a distância tanto quanto desejariam. Por isso, os formandos deverão ser apoiados no sentido de se estabelecerem objectivos pessoais, envolvê-los e levá-los a participar e a intervir na troca de experiências. Em relação às horas de 'leccionação' on-line, e tendo como exemplo o curso 'EASIC - Ensinar e Aprender na Sociedade da Informação e Comunicação', este decorreu em regime presencial (7 sessões totalizando 20 horas) e em regime a distância (ao longo de 10 semanas num total de 30 horas). No caso do regime presencial, este teve como objectivos capacitar os formandos em competências básicas das tecnologias de informação, possibilitar o conhecimento entre todos e explicar o funcionamento do curso. Quando ao regime a distância, este organizou-se em 6 módulos (numerados de 0 a 5), abordados cronologicamente e no qual se definiam actividades a desempenhar pelos formandos.