terça-feira, janeiro 11, 2005

Actividade A - LearningSpace

Desafios do e-learning para os alunos/formandos

Penso que hoje em dia os alunos ainda não aderem tanto ao e-learning como seria de esperar. Primeiro porque desconhecem completamente a sua existência, isto é, muitos nunca ouviram sequer falar do termo. Além deste facto, junta-se o desconhecimento em relação a questões que têm a ver com a informática, nomeadamente com a utilização do computador. Depois da leitura do estudo de caso 1 ficamos com a sensação de que os alunos ainda se mostram renitentes quanto à utilização do correio electrónico e mais ainda do fórum, ferramentas indispensáveis numa situação de formação a distância. Não será de admirar que muitos alunos que chegam ao ensino superior nunca tiveram alguma espécie de contacto com o computador. Parece-nos impensável, a nós utilizadores frequentes do computador, que nos dias de hoje tal aconteça. O que é certo é que muitos alunos, por razões económicas e/ou outras nunca experimentaram a sensação de 'teclar'.Penso que não serão os alunos do secundário ou do superior que estarão mais motivados para receber este tipo de formação, até porque as disciplinas que têm na escola já 'dão muito que fazer'. No caso de existir uma situação de e-learning seria talvez mais por imposição do que por livre vontade. O perfil de potenciais alunos em situações de e-learning será talvez o daqueles que procuram responder a necessidades de 'formação ao longo da vida'. Além destes alunos, existirá talvez um outro grupo no qual incluímos pessoas que, por uma questão de gosto pessoal apostam na sua formação via Internet quando esta se assume como único meio para tirar determinado curso que, temporal e espacialmente é inacessível.No meu caso pessoal (e se calhar o de uma grande parte), já procurei formação deste tipo. Tenho vindo a constatar que na Internet há um leque variado de cursos, muitos do meu interesse, mas que nunca frequentei devido ao preço dos mesmos. Por isso, o factor económico é determinante nestas questões. A maioria dos cursos que conheço (ainda) são a um preço bastante alto!Recentemente inscrevi-me num curso de Psicologia porque sempre achei que me fazia falta formação nesta área para a minha actividade. Neste momento sou aluna do CEAC e confesso que a experiência não está a ser das melhores. Não se trata de formação numa situação de e-learning mas a componente 'a distância' está presente. Tanto num caso como no outro penso que o aluno deverá estar minimamente motivado para o curso, mas o acompanhamento sistemático por parte de um professor também é fundamental. No meu caso, não tenho tido qualquer espécie de acompanhamento, até porque ele só existirá quando solicitado. E mesmo depois de solicitado, o tempo de resposta é exageradamente comprido para questões que se pretendem esclarecidas na hora. Nunca percebi esta situação, atendendo ao facto de que o meio de comunicação mais utilizado é o correio electrónico, supostamente o mais rápido. Parece-me que a credibilidade destas instituições deverá ser um factor a ter em conta, caso contrário caímos no risco de estar a pagar a nossa (des)formação.

Potenciais público-alvo de iniciativas de e-learning

Em relação aos potenciais público-alvo de iniciativas de e-learning, penso que existirá maior receptividade por parte daqueles que, paralelamente a uma actividade profissional, pretendem adquirir outros conhecimentos em áreas que por vezes só estão acessíveis através deste género de formação. Sou da opinião que a grande maioria deste público já possui formação relevante num determinado domínio, e a formação contínua assume-se como uma alternativa para alargar conhecimentos. São essencialmente pessoas que apostam na sua auto-formação, e que têm disponibilidade em termos de tempo e de dinheiro, já que este tipo de formação ainda acarreta alguns custos. Além do preço do curso em si, temos de ter em conta a necessidade de se ter um computador e ligação à Internet que suporte a plataforma de ensino. Em relação à questão do tempo, esta modalidade de formação surge como uma mais valia dado o seu carácter flexível e conciliável com a profissão e outros aspectos. No campo da formação de professores, existirá mais receptividade por parte daqueles que possuam um domínio básico em tecnologias da informação, e que se sintam minimamente motivados para este tipo de formação, demonstrando autodisciplina e auto-organização. Em relação ao ensino básico / secundário, estamos perante faixas etárias que possivelmente nem saberão o significado do termo e-learning. Além disso, nestas idades os alunos ainda não terão a responsabilidade e a autodisciplina necessárias para se assumirem como formandos numa situação de ensino a distância. Penso que a única 'vantagem' que daí podiam tirar seria o facto de não terem o formador por perto! No entanto, quero acreditar que hoje em dia já há muitos jovens que se começam a interessar muito cedo por estas questões, e esses serão com certeza um futuro público-alvo.


Desafios do e-learning para os formadores/professores


Os professores aderem mais facilmente a situações de e-learning quando têm de gerir o tempo e o espaço disponíveis, e neste sentido o e-learning afigura-se como uma solução visto que permite conciliar uma série de factores. Há também aqueles que aderem mas que depois não avançam na sua formação visto que se vêem limitados ao nível do acesso à Internet e outras dificuldades sentidas ao nível de conhecimentos básicos em informática. Além destes factores, por vezes os professores têm dificuldade na gestão autónoma do seu tempo e não participam na componente a distância tanto quanto desejariam. Por isso, os formandos deverão ser apoiados no sentido de se estabelecerem objectivos pessoais, envolvê-los e levá-los a participar e a intervir na troca de experiências. Em relação às horas de 'leccionação' on-line, e tendo como exemplo o curso 'EASIC - Ensinar e Aprender na Sociedade da Informação e Comunicação', este decorreu em regime presencial (7 sessões totalizando 20 horas) e em regime a distância (ao longo de 10 semanas num total de 30 horas). No caso do regime presencial, este teve como objectivos capacitar os formandos em competências básicas das tecnologias de informação, possibilitar o conhecimento entre todos e explicar o funcionamento do curso. Quando ao regime a distância, este organizou-se em 6 módulos (numerados de 0 a 5), abordados cronologicamente e no qual se definiam actividades a desempenhar pelos formandos.

1 Comments:

At 10:49 da tarde, Blogger Elisa de Castro Carvalho said...

O E-learning é apenas uma das muitas formas de formação a distância, ou seja, um processo de aprendizagem que implica o distanciamento ao nível do tempo e do espaço entre formador e formando, quando esse contacto é feito através da Internet ou Intranet trata-se do E-learning.
O E-learning é um processo através do qual é aplicado o potencial das tecnologias de informação e comunicação ao desenvolvimento da aprendizagem e da formação. É uma metodologia de aprendizagem baseada no uso da Internet onde os formandos dispõem de conteúdos pedagógicos (audiotexto e videotexto) com os quais vão interagir pessoalmente. Neste processo aluno e professor não interagem de modo físico no espaço e no tempo. O contacto e acompanhamento do professor são feitos através da internet mediante as necessidades do aluno e a disponibilidade do professor, permitindo ao aluno aprender ao seu ritmo.
O E-learning apresenta várias vantagens:
- Inovação;
- Menor racionalização dos recursos humanos e materiais;
- Flexibilização do processo de ensino-aprendizagem;
- Grande flexibilidade espácio-temporal;
- Ritmo personalizado e fácil acessibilidade.
Mas também outras tantas limitações:
- Implica a existência de material informático e ligação à rede;
- Implica conhecimento e domínio das TIC;
- Ausência de relações humanas;
- Custos elevados.
Infelizmente, em Portugal o E-learning ainda não se afirmou como alternativa no sistema de ensino-aprendizagem, embora já seja usado em algumas instituições, nomeadamente na Universidade do Minho. Muitas instituições reconhecem no ensino a distância um futuro promissor, no entanto, a maior parte dos utentes ainda o olha com bastante desconfiança.

 

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