quinta-feira, novembro 18, 2004

Novas competências para o professor

"As novas tecnologias colocam o professor perante a necessidade de adquirir um conjunto diversificado de competências e conhecimentos que incluem uma compreensão do seu papel nas várias áreas da actividade social, um conhecimento das suas possibilidades e limitações como instrumentos educativos, a capacidade de encontrar, seleccionar e usar na aula programas já feitos. A capacidade de ler, escrever e adaptar programas simples não é indispensável mas pode ajudar.
(...)
Os professores só usarão o computador na sala de aula quando tiverem o equipamento disponível, a formação adequada, sugestões curriculares coerentes em termos de objectivos e tarefas e o necessário suporte de retaguarda. Não se pode esperar que estas coisas surjam por geração espontânea. As iniciativas das próprias escolas, criando as estruturas de apoio adequadas, são a base essencial deste desenvolvimento. Mas estas iniciativas têm de ser devidamente encorajadas e enquadradas, cabendo neste domínio grandes responsabilidades à política e administração educativas."
PONTE, João Pedro da Ponte (1997). As novas tecnologias e a educação. Lisboa: Texto Editora.

1 Comments:

At 12:39 da tarde, Blogger Elisa de Castro Carvalho said...

Concordo plenamente com o facto de que os professores deveriam conhecer os programas educacionais que têm ao seu dispor. Este conhecimento passa por saber avaliar o software educativo, que muitas vezes esconde uma grande pobreza de ideias apesar de todos os efeitos técnicos espectaculares que possa ter. Neste sentido, penso que o Mestrado que estamos a frequentar é útil, uma vez que nos dá as bases e desenvolve em nós o espírito crítico no que concerne a estes assuntos de avaliação da qualidade do software.
Em relação à questão de usar o computador na sala de aula, penso que esta nova geração de professores está mais sensibilizada para as novas tecnologias. Muitas vezes, estes professores chegam às escolas cheios de ideais e motivações e deparam-se com uma realidade para a qual não estavam preparados: a relutância e os constrangimento dos professores mais velhos para com as tecnologias, nomeadamente o computador. Então, o que devemos fazer às nossas ideias brilhantes? "Batemos o pé" e insistimos, mesmo que depois durante o ano lectivo olhem para nós "de lado"? E como devemos proceder quando as escolas não têm as estruturas de apoio adequadas? Cabe à "política e administração educativas" a responsabilidade de encorajar as iniciativas das escolas. E a nós, resta-nos esperar.

 

Enviar um comentário

<< Home